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sábado, 26 de setembro de 2009

Esquistossomose


Esquistossomose

Informações técnicas

Aspectos clínicos


Sinais e sintomas:
A maioria das pessoas infectadas pode ser assintomática. A fase inicial caracteriza-se pela dermatite cercariana e a fase aguda (assintomática ou sintomática: leve, moderada, grave). A fase crônica evolui para as formas clínicas:

intestinal - pode ser assintomática ou caracterizada por diarréias repetidas, mucos sanguinolentas, com dor ou desconforto abdominal;

hepatointestinal - diarréia, epigastralgia, hepatomegalia, podendo ser detectadas nodulações à palpação do fígado;

hepatoesplênica compensada - hepatoesplenomegalia, hipertensão portal com formação de varizes de esôfago;

hepatoesplênica descompensada -
considerada a forma mais grave: fígado volumoso ou contraído devido à fibrose, esplenomegalia, ascite, varizes de esôfago, hematêmese, anemia, desnutrição e hiperesplenismo.


Modo de transmissão:
Por meio do contato com águas contaminadas com cercárias do S. mansoni.

Período de transmissibilidade: A partir de cinco semanas após a infecção, o homem pode excretar ovos viáveis do verme nas fezes durante vários anos. Os caramujos vivem, em média, um ano. Quando infectados diminuem a duração de vida e sobrevivem
liberando cercárias por semanas até meses.


Período de incubação: Entre duas e seis semanas após a infecção.

Diagnóstico diferencial: Pode ser confundida com várias doenças, desde as eruptivas como o sarampo e as dermatites, até as febris agudas e crônicas como a malária e o calazar. Além do diagnóstico laboratorial e da sintomatologia, deve-se considerar a procedência do doente e antecedentes de contato com águas contendo caramujos infectados.


Tratamento:
Praziquantel, na dosagem de 60mg/kg de peso para crianças até 15 anos, e 50mg/kg de peso para adultos; Oxamniquina, 15mg/kg de peso para adultos, e 20mg/kg para crianças até 15 anos, em dose única. A distribuição é gratuita na rede pública de saúde. O medicamento é produzido no Brasil, pelo Laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro - RJ.


Hospitais de referência:
Os casos de esquistossomose podem ser tratados nas unidades básicas de saúde, em hospitais gerais
ou aqueles que tratam de doenças transmissíveis na rede de assistência do SUS


Aspectos laboratoriais

Diagnóstico laboratorial: Exame parasitológico de fezes. Método Kato-Katz, que permite a visualização e contagem dos ovos por grama de fezes. Os testes sorológicos não estão disponíveis na rotina.

Laboratórios de referência
- Departamento de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz
Avenida Brasil, 4365, Manguinhos 21.040-900 - Rio de Janeiro/RJ

- Centro de Pesquisa René Rachou/Fiocruz
Avenida Augusto de Lima 1715, Barro Preto 30.190-002 - Belo Horizonte/MG
- Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães /Fiocruz
Av. Professor Moraes Rêgo, s/n º, Cidade Universitária 50.670-420 - Recife/PE


Aspectos ambientais

O controle do hospedeiro intermediário da esquistossomose envolve aspectos ambientais relacionados à agressão provocada à flora e fauna aquáticas, ocasionados pelo uso de substância química (moluscicidas). As ações de saneamento, embora de grande eficácia para as modificações de caráter permanente das condições de transmissão da doença, podem provocar impacto negativo sobre o meio ambiente. Dentre essas ações incluem-se: instalações hidráulicas e sanitárias, aterros para eliminação de coleções hídricas que sejam criadouros de moluscos, drenagens, limpeza e retificação de margens de córregos, canais e construções de pequenas pontes. É necessário selecionar a ação que minimize os efeitos negativos. Deve ser observada a legislação ambiental em vigor, no que diz respeito às intervenções em áreas de preservação permanente e ao licenciamento ambiental. (Resolução CONAMA nº237/97)

Outras informações de relevância para o agravo

Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose – SISPCE. As atividades operacionais de coproscopia e malacologia estão informatizadas desde1995. Podem ser obtidas a partir do SISPCE, por exemplo: dados referentes à população examinada e positiva, carga parasitária e tratamentos realizados. Também, estão disponibilizados no SISPCE os dados sobre outras verminoses.


Acesso:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinan/pce/cnv/pce.def



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